quarta-feira, 3 de julho de 2013

E depois?

Deu inicio o primeiro dia do mês de Julho e a temperatura Política começa a chegar ao nível do calor Alentejano.

Com muita apreensão assisti ao terceiro e último pedido de demissão do Sr. Ministro Vítor Gaspar. Ministro este que não estava muito bem conotado no índice da Popularidade dos Portugueses, mas sinceramente, acredito que para Ele isso pouco importava e assim seguiu o seu caminho.
 O Ex-funcionário do BCE aumentou três vezes os impostos, cortou salários e pensões nos Altos escalões, como o caso do corte das pensões acima dos 1350€ a ex-gestores da Banca. Julguei que saísse depois de cortar A SÉRIO na despesa ao encerrar Departamentos, Organismos, Institutos e Empresas Públicas que há muito vêm a prejudicar os Cidadãos que contribuem inutilmente para estas gorduras do Estado. Assim não foi.
No entanto é preciso ter em mente que, este Sr. conseguiu o sinal verde a 7 tranches, reerguer a credibilidade externa, transmitir confiança aos credores internacionais e voltar aos Mercados com a emissão de dívida.

Depois disto, na Segunda-Feira o mesmo demitiu-se. A Comunicação Social especulou o nome do Ministro da Saúde para a sua substituição. Agradou a imensa gente, mas o resultado foi compreendido por poucos: Maria Luís Albuquerque. Conhecida como a "Vice-Ministra" das Finanças, Académica e profissionalmente conhecedora da Finança, mas politicamente contestada para dar inicio a uma nova fase, "a fase do investimento".  Estará a Sra. Ministra preparada para tal?


Substituição que levou ao pedido de demissão do que passou a nrº 2 do Governo, Dr. Paulo Portas. Demissão esta que surpreendeu a tudo e a todos: Dentro do Governo Português, dentro do próprio CDS/PP e na esfera Pública. Sem antes apresentar a tão esperada Reforma de Estado que lhe competia.

Pedro Passos Coelho diz que não aceita a demissão. Mas em que pé ficamos afinal?
Por um lado ouvem-se várias Personalidades do CDS/PP espantadas com esta tomada de posição, um pouco à revelia depois do Conselho Nacional que decorreu na véspera da Demissão.
Por outro, os Media avançam que hoje os Ministros da Segurança Social, Pedro Mota Soares e a Ministra da Agricultura, Assunção Cristas vão demitir-se.

Curioso, tudo o que se está a passar, dias antes do Congresso Nacional do CDS/PP.
Só com a situação instaurada ontem, Portugal perdeu 813 milhões de euros: 244€ milhões com o aumento da taxa de juro da dívida pública a 10 anos no mercado secundário  + 569€  milhões em desvalorizações das Empresas cotadas no PSI20 da Euronext.
Quanto perderemos hoje, caso estas demissões se venham a confirmar? Relembro que a queda do PSI20 é a maior desde o tempo de José Sócrates, Outubro de 2008!

Para muitos o discurso é barato, simples, fácil e ao mesmo tempo ingénuo, demagogo e perigoso: pedem a demissão deste Governo que está sob pressão, esquecendo que têm a opinião pública/política internacional com os olhos postos no futuro e na evolução da Economia Portuguesa.


Eu pergunto: E depois?!?!?

Novas eleições? Com Seguro a concorrer pelo própria maquina Partidária que dela é refém?
Não existe liderança, não existe uma estrutura sólida que permita ao principal Partido da oposição, governar Portugal, com uma hipotética vitória do Partido Socialista.
E que aconteceria à credibilidade Política e Económica de Portugal? Sejamos realistas e responsáveis!

Governo de iniciativa presidencial? Estará o Presidente da República predisposta para tal? A minha dúvida paira-se no possível entendimento e consenso que daí terá que advir.
Estarão o PSD, CDS e PS disponíveis para governar com uma ou outra Personalidade Independente? Não acredito!

Eu mantenho-me preocupado com o futuro do nosso PAÍS! .
Espero que a Coligação PSD/CDS tenha sentido de Estado e de uma vez por todas, se entendam. Que exista um esforço de ambas as partes ou um consenso parlamentar em que ambos perdem, mas quem fica a ganhar é, sem sombras de dúvidas, PORTUGAL!
Uma crise política empurrada para Eleições leva-nos ao 2º pedido da Troika.
Será avassalador para Portugal. Quem verdadeiramente PORTUGUÊS o é, não quer isto!



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Conferência "Economia Social para combater a crise"

É já amanhã no Salão dos Bombeiros de Vila Viçosa a partir das 15:00h que se realiza uma conferência sobre Economia Social organizada pelo "Alentejo de Excelência" contando com a presença do Sr. Ministro Pedro Mota Soares.

Programa:

15.00h - Recepção dos participantes

15.30h – Sessão de Abertura
. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Dr. Pedro Mota Soares
. Carlos Sezões, Presidente do Alentejo de Excelência

15.45h – Intervenções dos oradores
. Rogério Roque Amaro – Uma nova economia solidária
. António Batista – Reflexões sobre o sector social no Alentejo
. Helena Gata – Inovação social em co-laboratório
. Henrique Sim-Sim – Voluntariado e participação cívica

17.00h – Debate

18.00h – Sessão de Encerramento
. Luis Filipe Roma, Presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa





São iniciativas destas que fazem falta a Vila Viçosa, pois trazem-nos pessoas competentes e conhecedoras da realidade do País e dos seus problemas à nossa população. Ao mesmo tempo que contacta directamente a população Calipolense de forma a sensibilizar e a ouvirem os problemas detalhados de diversas pessoas que se encontram em situação de pobreza!

Apenas me espanta a fraca publicidade sobre esta Conferência! Tantas actividades que a Câmara Municipal de Vila Viçosa publica no seu site oficial e, estranhamente, nada se vê ou lê acerca da Conferência sobre Economia Social.


Por fim deixo mais informações que tenho acompanhado acerca desta temática:

Página oficial da Conferência "Economia Social para combater a crise"
Notícia na Rádio Campanário

domingo, 13 de março de 2011

Revoluções & Precariedades ( Parte 2 )

No segmento da Manifestação que ocorreu ontem, promovida pelo 'Movimento Geração à Rasca' confesso que me espanta o poder das Redes Sociais em conseguir unir e mobilizar milhares de pessoas envolta de uma só causa.
Embora seja pouco apologista de manifestações pois considero que há locais próprios para os fazer, identifico-me com o Manifesto (e não com alguns Partidos, Associações ou Grupos Radicais que perfuraram e tentaram sobressair-se nesta Manifestação) e assisti com alguma atenção a este Protesto Pacífico que ocorreu em diversas partes do País.
Pegando nas palavras proferidas no artigo do Financial Times: "Portugal’s ‘desperate generation’ cries out" , pergunto se este protesto terá tido realmente inspiração nos acontecimentos do Norte de África?
Os meios de propagação da mensagem foram os mesmos.
A faixa etária foi a mesma.
A luta dos jovens foi também por motivos idênticos ( A precariedade, o desemprego jovem e a incerteza de um futuro estável para a Nova Geração ).


Concluo então que o ano de 2011 tem sido alvo de transformações constantes, onde nós jovens temos mais informação, estamos mais conscientes e dispomos de uma maior oportunidade de conhecimento que a anterior Geração não dispunha.
Faz-nos ter, então, condições de criarmos um Mundo Melhor, estar mais atentos e interventivos não só no combate às injustiças geracionais, económicas e laborais mas fundamentalmente à pobreza Mundial e às desigualdades sociais.

Revoluções & Precariedades ( Parte 1 )

2011, ano que ficará marcado na História devido às inesperadas revoluções no Norte de África.
É um acontecimento que presentemente temos vindo a acompanhar através dos Media, o que torna este artigo de opinião oportuno e bastante relevante, dada a conjuntura que o Mundo inteiro atravessa.
Começo pela Revolta na Tunísia, conhecida pela Revolução Jasmim na qual se alastrou pelos países Árabes. Revolução esta, que se iniciou devido ao suicídio de um jovem Tunisino, vendedor ambulante de 26 anos. Dando origem à queda do Presidente autoritário Ben Ali que ocupava o poder há já 23 anos.
Nunca, o jovem Mohamed Bouazizi que trabalhava para sustento familiar e pagar os seus estudos, pensou que o seu acto desesperado viesse alterar a História Mundial e o panorama dos Países do Magreb.

Rapidamente este acontecimento espalhou-se por todo o Mundo, não só através dos Media, mas sobretudo pela nova "arma" do século XXI, as redes sociais.
A revolta alastrou-se pelos paises vizinhos, nomeadamente o Egipto, na qual Mubarak foi obrigado a demitir-se após 30 anos de poder perante milhões de revoltosos, na sua maioria jovens descontentes com salários baixos, falta de emprego e dos trabalhos precários. Neste momento existem revoluções em vários países Árabes, como no Iémen, Bahrein, Omã e no mais mediático de todos, à porta de uma guerra civil, a Líbia.
Por enquanto, mesmo sob ameaça, está salvaguardada a segurança e a estabilidade no País que detém a maior reserva de petróleo do mundo, a Arábia Saudita.
Portanto é na Líbia que a Sociedade Internacional e todos os Estados Ocidentais estão de olhos postos, pois este conflito não é apenas unilateral. Trata-se neste momento de um conflito económico, dada a enorme importância que a Líbia tem no que diz respeito à exportação do Petróleo para o Ocidente o que afecta a bolsa mundial e a produção de um dos recursos mais procurados no Mundo.
Portugal tem um papel crucial no conflito Líbio pois lidera a Comissão de sanções do Conselho de Segurança da ONU à Líbia, na mão do Senhor Embaixador José Moraes Cabral o que determina a responsabilidade que o nosso País tem neste conflito.

Estes problemas e estas revoltas vividas no Norte de África preocupam também empresas Portugueses que têm enormes investimentos na zona do Magreb, em que segundo Basílio Horta, Presidente da AICEP:“Estamos a exportar para aquela zona cerca de mil milhões de euros, aproximadamente, e é provável que os acontecimentos recentes já se façam sentir em Março”.

Creio que estas revoluções poderão alterar, não de forma radical, a Sociedade Internacional pois devemos ter atenção às crises Petrolíferas que poderão surgir destes conflitos e também aos movimentos Extremistas que têm aparecido a manifestar-se contra os regimes em causa.
Nós Ocidentais deveremos assegurar a Segurança e a Paz Mundial e promover a Estabilidade e quem sabe, a Democracia ( algo que estes Povos nunca tentaram ou conseguiram instaurar ).
Assim, Portugal terá uma maior facilidade de comunicação nas relações diplomáticas e económicas.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mark Blyth sobre a Crise Económica



Video bastante interessante e esclarecedor sobre a crise que vivemos.

Mark Blyth, economista e professor na Universidade de Brown, de forma bastante simples explica as causas e efeitos das grandes opções económicas da sociedade em que vivemos e como a Austeridade, "the pain after the party" segundo o próprio, é encarada pelos governos e bancos como a cómoda salvação.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Digno de registo


Em pouco mais de dois meses, registamos 2000 acessos.
Obrigado a todos os que nos visitam!