Como na História, no Desporto, na Arquitectura ou na Religião, também em Economia, devemos aprender com os erros do Passado para posteriormente não os repetirmos e termos soluções para um novo ciclo económico duradouro e eficaz. Penso que acima de tudo, Nós Portugueses, para sairmos de uma crise que já se alastra há algumas décadas e mais recentemente, com a crise financeira de 2008, deveríamos apostar inicialmente nas seguintes medidas:
- Apoio às pequenas e médias empresas que são responsáveis por 99,6% do tecido empresarial, geram 75,2% do emprego e realizam 56,4% do volume de negócios nacional.
-Aumentar os Benefícios Fiscais não só para as PME’s mas principalmente, às grandes Indústrias para não terem que sediar as suas empresas noutros países, aumentando assim o Emprego, Exportações e PIB. Diminuindo as importações, o deficit e principalmente atrair investidores estrangeiros para o nosso Portugal.
(Fig.1- O Alentejo é das zonas mais prejudicadas,sendo o seu desemprego superior à média Portuguesa)
Mas, acima de todas as crises até agora estudadas e analisadas, creio que a grande saída para a crise não passa apenas por novas políticas económicas. Na minha opinião pessoal a maior de todas e a mais importante de combater é a crise MORAL:
-Vivemos numa sociedade em que por vezes fecha os olhos à concorrência desleal; (Ex: Só 4% das empreitadas públicas foram a concurso)
-Está em causa a formação das pessoas, começando pelos hábitos educacionais no meio familiar, passando pelo facilitismo Escolar e terminando nas capacidades profissionais exercidas no Mercado de Trabalho; ( Ex: Nova porta para o facilitismo )
-Está em causa a ganância pelo dinheiro, mesmo que este, leve à falência inúmeras fábricas o que obriga ao despedimento de centenas de pessoas e aumente os níveis de pobreza (Que atinge aterrorizadamente 1/5 da população Portuguesa);
- Está em causa o enorme endividamento do Estado, pela qual os Senhores Governantes continuam a apelar a todos os Portugueses enormes sacrifícios. Mas quando é para gastos: 1km de estradas em Braga custará 8 milhões de euros
-Está em causa o civismo, o bom senso, a Educação e os princípios não só de alguns empresários, banqueiros ou políticos mas principalmente de todos aqueles que vêm os empréstimos como um dado adquirido e garantido, faltando assim, às suas responsabilidades de pagamento tal como todos os mandriões e capacitados fisicamente que recebem o Rendimento Social de Inserção ou subsidio de desemprego, sem por isso, prestarem qualquer serviço que seja à sociedade.
-Estão em causa os maus hábitos de poupança e o modo de gerir as economias individuais ou colectivas;
Como pode um País pedir esforço, compreensão e contenção à sociedade Portuguesa se o que temos aprendido e adquirido como exemplo nos últimos anos foi o facilitismo, a desordem, o desrespeito, a desacreditação na justiça, a desconfiança nos governos políticos e a insegurança económica?
CAROS AMIGOS, SÃO OS VALORES QUE ESTÃO EM CAUSA!
“A sociedade tem de encontrar o justo equilíbrio entre a disciplina de mercado e a generosidade do Estado-Providência. Ao usar a cabeça fria para informar os nossos corações ardentes, a ciência económica pode desempenhar o seu papel no alcance de uma sociedade próspera e justa.” (Doc.2)
( Doc.1 & Doc.2: João Sousa Andrade - Introdução à economia )