sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Conferência "Economia Social para combater a crise"

É já amanhã no Salão dos Bombeiros de Vila Viçosa a partir das 15:00h que se realiza uma conferência sobre Economia Social organizada pelo "Alentejo de Excelência" contando com a presença do Sr. Ministro Pedro Mota Soares.

Programa:

15.00h - Recepção dos participantes

15.30h – Sessão de Abertura
. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Dr. Pedro Mota Soares
. Carlos Sezões, Presidente do Alentejo de Excelência

15.45h – Intervenções dos oradores
. Rogério Roque Amaro – Uma nova economia solidária
. António Batista – Reflexões sobre o sector social no Alentejo
. Helena Gata – Inovação social em co-laboratório
. Henrique Sim-Sim – Voluntariado e participação cívica

17.00h – Debate

18.00h – Sessão de Encerramento
. Luis Filipe Roma, Presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa





São iniciativas destas que fazem falta a Vila Viçosa, pois trazem-nos pessoas competentes e conhecedoras da realidade do País e dos seus problemas à nossa população. Ao mesmo tempo que contacta directamente a população Calipolense de forma a sensibilizar e a ouvirem os problemas detalhados de diversas pessoas que se encontram em situação de pobreza!

Apenas me espanta a fraca publicidade sobre esta Conferência! Tantas actividades que a Câmara Municipal de Vila Viçosa publica no seu site oficial e, estranhamente, nada se vê ou lê acerca da Conferência sobre Economia Social.


Por fim deixo mais informações que tenho acompanhado acerca desta temática:

Página oficial da Conferência "Economia Social para combater a crise"
Notícia na Rádio Campanário

domingo, 13 de março de 2011

Revoluções & Precariedades ( Parte 2 )

No segmento da Manifestação que ocorreu ontem, promovida pelo 'Movimento Geração à Rasca' confesso que me espanta o poder das Redes Sociais em conseguir unir e mobilizar milhares de pessoas envolta de uma só causa.
Embora seja pouco apologista de manifestações pois considero que há locais próprios para os fazer, identifico-me com o Manifesto (e não com alguns Partidos, Associações ou Grupos Radicais que perfuraram e tentaram sobressair-se nesta Manifestação) e assisti com alguma atenção a este Protesto Pacífico que ocorreu em diversas partes do País.
Pegando nas palavras proferidas no artigo do Financial Times: "Portugal’s ‘desperate generation’ cries out" , pergunto se este protesto terá tido realmente inspiração nos acontecimentos do Norte de África?
Os meios de propagação da mensagem foram os mesmos.
A faixa etária foi a mesma.
A luta dos jovens foi também por motivos idênticos ( A precariedade, o desemprego jovem e a incerteza de um futuro estável para a Nova Geração ).


Concluo então que o ano de 2011 tem sido alvo de transformações constantes, onde nós jovens temos mais informação, estamos mais conscientes e dispomos de uma maior oportunidade de conhecimento que a anterior Geração não dispunha.
Faz-nos ter, então, condições de criarmos um Mundo Melhor, estar mais atentos e interventivos não só no combate às injustiças geracionais, económicas e laborais mas fundamentalmente à pobreza Mundial e às desigualdades sociais.

Revoluções & Precariedades ( Parte 1 )

2011, ano que ficará marcado na História devido às inesperadas revoluções no Norte de África.
É um acontecimento que presentemente temos vindo a acompanhar através dos Media, o que torna este artigo de opinião oportuno e bastante relevante, dada a conjuntura que o Mundo inteiro atravessa.
Começo pela Revolta na Tunísia, conhecida pela Revolução Jasmim na qual se alastrou pelos países Árabes. Revolução esta, que se iniciou devido ao suicídio de um jovem Tunisino, vendedor ambulante de 26 anos. Dando origem à queda do Presidente autoritário Ben Ali que ocupava o poder há já 23 anos.
Nunca, o jovem Mohamed Bouazizi que trabalhava para sustento familiar e pagar os seus estudos, pensou que o seu acto desesperado viesse alterar a História Mundial e o panorama dos Países do Magreb.

Rapidamente este acontecimento espalhou-se por todo o Mundo, não só através dos Media, mas sobretudo pela nova "arma" do século XXI, as redes sociais.
A revolta alastrou-se pelos paises vizinhos, nomeadamente o Egipto, na qual Mubarak foi obrigado a demitir-se após 30 anos de poder perante milhões de revoltosos, na sua maioria jovens descontentes com salários baixos, falta de emprego e dos trabalhos precários. Neste momento existem revoluções em vários países Árabes, como no Iémen, Bahrein, Omã e no mais mediático de todos, à porta de uma guerra civil, a Líbia.
Por enquanto, mesmo sob ameaça, está salvaguardada a segurança e a estabilidade no País que detém a maior reserva de petróleo do mundo, a Arábia Saudita.
Portanto é na Líbia que a Sociedade Internacional e todos os Estados Ocidentais estão de olhos postos, pois este conflito não é apenas unilateral. Trata-se neste momento de um conflito económico, dada a enorme importância que a Líbia tem no que diz respeito à exportação do Petróleo para o Ocidente o que afecta a bolsa mundial e a produção de um dos recursos mais procurados no Mundo.
Portugal tem um papel crucial no conflito Líbio pois lidera a Comissão de sanções do Conselho de Segurança da ONU à Líbia, na mão do Senhor Embaixador José Moraes Cabral o que determina a responsabilidade que o nosso País tem neste conflito.

Estes problemas e estas revoltas vividas no Norte de África preocupam também empresas Portugueses que têm enormes investimentos na zona do Magreb, em que segundo Basílio Horta, Presidente da AICEP:“Estamos a exportar para aquela zona cerca de mil milhões de euros, aproximadamente, e é provável que os acontecimentos recentes já se façam sentir em Março”.

Creio que estas revoluções poderão alterar, não de forma radical, a Sociedade Internacional pois devemos ter atenção às crises Petrolíferas que poderão surgir destes conflitos e também aos movimentos Extremistas que têm aparecido a manifestar-se contra os regimes em causa.
Nós Ocidentais deveremos assegurar a Segurança e a Paz Mundial e promover a Estabilidade e quem sabe, a Democracia ( algo que estes Povos nunca tentaram ou conseguiram instaurar ).
Assim, Portugal terá uma maior facilidade de comunicação nas relações diplomáticas e económicas.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mark Blyth sobre a Crise Económica



Video bastante interessante e esclarecedor sobre a crise que vivemos.

Mark Blyth, economista e professor na Universidade de Brown, de forma bastante simples explica as causas e efeitos das grandes opções económicas da sociedade em que vivemos e como a Austeridade, "the pain after the party" segundo o próprio, é encarada pelos governos e bancos como a cómoda salvação.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Digno de registo


Em pouco mais de dois meses, registamos 2000 acessos.
Obrigado a todos os que nos visitam!


sábado, 8 de janeiro de 2011

Pessimista? Sou, claro!

Pavel Constantin

Bom 2011 para quem nos acompanha e aos restantes Conjurados!

Bom? Sim, votos sinceros de um óptimo 2011, vai ser necessário sermos bastante pessimistas para melhor atravessarmos este novo ano.

Porque? Simples, que de simples não tem nada, aumento do IVA, cortes salariais na função pública, aumento do preço das matérias-primas, dividas ao bancos, crédito mal parado, divida externa, e por ai fora… (a lista é longa). E isto numa altura marcada por uma crise global, sentida com especial ênfase num país que se acostumou a depender cronicamente do estado, em todas as áreas, com que pessimismo o poderemos encarar?

Quanto a mim posso dizer que só o meu. Passo a explicar o meu raciocínio e o porquê desta mensagem.

Se num pais que apenas oferece, na grande maioria dos casos, desemprego ou imigração a novas gerações, num pais que se habituou a viver do estado, das cunhas e que numa altura difícil o que se transmite pelos lideres sociais são jogos de poder, alienação de responsabilidades, incentivo à fractura e explosão social, o que posso eu, jovem Português a entrar no mercado de trabalho e que até tem alguma consciência, fazer para vencer na vida, encontrar trabalho, criar família, ser cidadão útil e contribuidor para um modelo de sociedade pelo qual nos regemos (pelo menos no ocidente)?

Das duas uma, ou entro na onda do “porreiro pá” ou trato de pensar em algo, urgentemente, para orientar o meu futuro num País, numa sociedade, que parece guiar-se pelos mesmos pergaminhos. Não sendo um fã de determinados conceitos, opto claro por uma visão mais esclarecida, real (vem de realidade, não fazer confusão).

Não tenho duvidas que quem embarca na onda chega longe, mas com toda a certeza não é pelos seus remos, o que para mim faz toda a diferença. Creio mesmo que a grande crise, como disse o Gonçalo na mensagem anterior, é a de valores.

Fraco rei faz fraca a forte gente, e ai temos todos enfraquecido ano após ano.

É necessário, como diz Luis Filipe Pereira (Presidente da EFACEC), “mudar de vida”. Acabar com os facilitismos e potenciar os bons exemplos. Temos que nos reajustar no mercado internacional e ao mesmo tempo meter ordem na casa. O professor Silva Lopes acrescenta “fazer apenas cortes em todo o lado é rebentar com o pouco que temos.” Poderei juntar a esta citação o que sempre ouvi dizer: “uma crise é um pau de dois bicos (ou uma faca de dois gumes), abre falências mas também abre sempre oportunidades de negócio.” E ainda, o que Rodrigo Costa (CEO da ZON) diz, “temos que investir para poder exportar”, “sabemos que não podemos ficar apenas por este mercado” (se a até a ZON diz que não é seguro contar só com o mercado Português…). Então torna-se claro que apenas medidas de austeridade não vão funcionar, ou pelo menos não para o objectivo que será colocar Portugal num caminho competitivo. Para isso é necessário incrementar a produtividade, apostar nas empresas! Exemplos? Apostar em áreas esquecidas (ou que o Portugal pequenino e inexperiente foi levado a esquecer) como a Agricultura, a pesca e, espantem-se, o Mármore.

Puxando ao grande foco de empregabilidade em Vila Viçosa, o Mármore. Mesmo não sendo um especialista torna-se transparente que é uma área que necessita de apoio, de investimento, de uma visão partilhada entre todos os intervenientes e o Estado. Como? Apoio nos combustíveis, nas condições de exportação (taxas de portos por exemplo), isenção de impostos municipais, apenas para referir algumas preocupações presenciadas. Temos inúmeros casos de sucesso, mas não foram amparados, não existiu no fundo uma estratégia que pudesse potenciar o “Ouro Branco”! Note-se que muitos não queriam o tal facilitismo, muito pelo contrário queriam expandir-se com o seu trabalho. Vamos a tempo? Sim, quanto mais depressa melhor! Tem todas as condições para ser uma área exemplo para todo um País!

E no que é que isto contribui para o meu pessimismo?

Isso é fácil, recorrendo novamente a Luis Filipe Pereira (Presidente da EFACEC), “Pessimista é um Optimista bem informado”.

Respondendo também ao que posso eu fazer?

Esforçar-me por ser “Pessimista” e dar um pouco de mim a um Portugal que precisa de união e de mudar de vida (hábitos no fundo). Não perguntar o que o país pode fazer por mim mas sim o que posso eu, dentro das minhas possibilidades, fazer pelo país.